Em sentido figurado, por vezes a palavra panacéia é usada para descrever alguma coisa que é capaz de resolver qualquer problema, como uma crise política ou financeira.
Após a divulgação, no mínimo inconsequente, de uma carta apócrifa, que prega um “niilismo” ao apregoar de forma inescrupulosa e desprovida de qualquer razoabilidade, e incentivada pelo Presidente da República, nos leva a perceber que nosso governo se perdeu nele mesmo, essa irresponsável divulgação atacando a todas as instituições, inclusive, pasmem, aos militares, escancara a incompetência de gestão.
Eis a verdade, meus amigos, clara como a água mais cristalina, que aumenta as incertezas no mercado, produzindo uma onda de questionamentos. Alguns não conseguem enxergar, porque foi habituada, ensinada, doutrinada, bombardeada para agir como bois ao som do berrante do boiadeiro: estamos vivendo em uma sociedade que a cada dia se torna mais desumanizada, em que a dignidade da pessoa humana de pouco ou nada vale.
Essa crença cega nas pretensas "soluções políticas", na panacéia que tudo resolveria se diluiu com uma velocidade assustadora, panacéia que foi sendo inoculada nas pessoas passo a passo, vagarosa e calculadamente e se alastrou pelos corpos das sociedades como um veneno mortal.
Me parece ser urgente combater o relativismo moral e suas "soluções políticas", a começar pelo nosso “quintal” , nossa cidade por exemplo. Temos que agir com responsabilidade, liberdade responsável, que é aquela liberdade de escolher sabendo o que é certo e o que não é certo, temos nossa história para servir de parâmetro, mas sem essa radicalização arcaica e prejudicial ao bem de uma coletividade em nosso município.
Que nossa população tão sofrida em Ilhéus possa perceber que o jogo político atual não parece priorizar nosso povo, mas tenho a certeza que há os que não acreditam em panacéia, em discursos impregnados e viciados, que se unem, estudam, se preocupam com propostas embasadas em trabalho, esforço e participação popular e suas demandas em cada comunidade sem imposições de cima para baixo sem esbarrar na demagogia sem sentido.
Lucio Gusmão – Historiador; Professor de História, Filosofia e Ciência Política, com especialização em História Social, Econômica e Política do Brasil
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