Por que evitar o convívio com os pombos?

Por Tatiani V.Harvey

Há uns dias atrás, um amigo recebeu um post fazendo um alerta sobre a meningite transmitida por pombos e me questionou sobre a veracidade da informação. Respondi que sim e fiquei contente com o cuidado dele quanto ao compartilhamento desse conteúdo. Mas, na verdade, a preocupação com as doenças transmitidas por estas aves não deve se ater apenas a esta doença.

Entre as infecções que podem ser transmitidas ao homem estão incluídas a salmonelose, a criptosporidiose, infecções fúngicas pulmonares como a ornitose e histoplasmose, e a criptococose, que pode resultar em meningite e doença respiratória. Todas elas sãoelo ar a partir das fezes secas, enquanto que outras infecções podem ser veiculadas pelos alime transmitidas através das fezes dos pombos. As doenças fúngicas, normalmente, disseminam-se pntos contaminados com as fezes frescas. 

Os pombos, introduzidos no Brasil no século XVI, são aves que se adaptaram a viver próximas ao homem, especialmente pela grande oferta de abrigo e alimento. E é a grande oferta de alimentos que resulta na infestação dos centros urbanos, potencializando a transmissão de zoonoses e os prejuízos econômicos devido à corrosão de materiais causada pela alta acidez das fezes destes animais. 

Desta forma, deixo aqui algumas dicas de como prevenir e controlar estas infecções: não alimente os pombos, pois eles se reproduzem entre 10 a 14 vezes ao ano (quanto mais comida, mais posturas); impeça a formação de ninhos e alojamento na sua casa e na área peridomicilar (colocar fios de náilon a 10 cm de altura e objetos cortantes que impeçam o pombo de pousar em muros e beirais de telhados, telar beirais de telhados, forros e acesso a calhas); mantenha os alimentos cobertos (dica para os ambulantes que vem produtos de alimentação); antes de remover as fezes dos pombos, coloque luvas e máscara e jogue água com solução desinfetante (água sanitária ou amônia quaternária). Esta ação minimiza o risco de infecção pela via respiratória. 

Uma outra dica importante é consultar um médico para avaliar sintomas como tosse, falta de ar, dor no peito ou febre, presentes na criptococose pulmonar e dor de cabeça, febre, dor de pescoço, náusea e vômito, sensibilidade à luz, confusão ou mudanças de comportamento, presentes na criptococose cerebral. Estes sintomas podem levar à suspeita de outras doenças. Então, peça para o seu médico incluir a investigação de doenças fúngicas pulmonares e neurológicas como diagnóstico diferencial. E, se houver, informe o seu médico sobre o seu contato com ambientes frequentados por pombos. 

Deixo, também, uma pergunta: será que os garis do nosso município são orientados quanto a precaução e recebem EPI adequado para estas doenças? 

Postado por JONILDO
Tatiani V.Harvey Médica Veterinária Doutora em Parasitologia/UESC CRMV/BA 04034 Contato: tvharveyvet@gmail.com
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1 comentários:

  1. Realmente, o pombo uma praga urbana. O que falta e a concientizacao de muitas pessoas. Henrique Luis. Ilheus - Ba

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