O projeto de lei que reestrutura as carreiras das Forças Armadas está deixando em lados opostos os oficiais e os militares de baixa patente. A disputa ocorre desde que o PL nº 1.645/19, também conhecido como reforma previdenciária dos militares, chegou ao Congresso, em março, mas esquentou na última quarta-feira (02/10/2019), após o governo deixar explícito que não pretende mexer na parte do texto que trata dos reajustes.
Com as portas fechadas nos partidos governistas, os praças (militares de patente mais baixa, em oposição aos oficiais) encontraram apoio nos partidos de oposição. Cercado por representantes de associações de militares após a sessão da comissão especial que trata do assunto, o deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) tentou acalmá-los garantindo que o partido terá as assinaturas necessárias para levar o debate para o Plenário da Câmara e tentar mudar o texto.
Pela tramitação atual, o projeto segue direto para o Senado se for aprovado na comissão especial, onde o governo tem maioria. O plano de Rocha é aprovar um requerimento exigindo votação – e debate – no plenário. “A proposta garante a ampliação de rendimentos para quem está no topo da pirâmide, mas esquece quem está na base, principalmente os praças”, disse Braga. “A proposta é injusta. O governo divide as Forças Armadas porque só se preocupa com o generalato. É assim que Bolsonaro opera, infelizmente os militares de baixa patente que o apoiaram [na eleição] não perceberam isso”, completou o deputado.
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