Vizinhos da mulher que morreu após ser atropelada por um caminhão que fazia a coleta de lixo disseram que já tinham percebido a imprudência do motorista. O acidente aconteceu na manhã deste sábado (15), em Itabuna, sul da Bahia.
Até o início da tarde, as testemunhas e a família de Keyla Rodrigues de Freitas, de 39 anos, ainda estavam no Complexo Policial da cidade aguardando para prestar depoimento à polícia. José dos Santos, vizinho da vítima, contou o que viu do acidente.
"Quando eu vi o carro de lixo dando ré, e a Keyla vinha andando em sentido das costas do caminhão. Quando ela foi tocada pelo caminhão, foi quando eu gritei, o cara [motorista] eu acho que não ouviu, não deu tempo nem ele parar. Porque gritar, eu gritei. O pessoal viu tudo, correu pra ver também na hora", contou seu José.
O atropelamento aconteceu na Rua Maria Oliveira, no bairro Santo Antônio, por volta das 7h. De acordo com a vizinhança, Keila voltava da padaria e estava a caminho de casa. No momento do acidente, ela atravessava de uma calçada para outra quando foi atingida pelo caminhão.
No asfalto dá para ver uma marca do pneu do caminhão, provavelmente do momento em que o motorista tentou frear. Depois de retirar o corpo do local, a equipe de perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna realizou testes de freio no local do acidente.
Vizinhos alegam imprudência
Muita gente que mora na rua diz que o que aconteceu neste sábado era algo anunciado. Alguns vizinhos disseram que já viram o motorista do caminhão fazendo manobras arriscadas na rua.
"Geralmente o motorista fica em cima e os meninos descem para poder recolher o lixo no final da rua. Ele não tem ninguém que guie, que oriente ele na rua. E a velocidade que ele entra, era uma coisa que era prevista acontecer um acidente, mas não uma fatalidade dessas", disse a comerciante Elen Nunes, de 27 anos.
O advogado da empresa Biosanear esteve no local. Ele não quis gravar entrevista, mas explicou que a prioridade agora é dar atenção e suporte à família, e que vai aguardar o resultado da perícia para se pronunciar.
Após o acidente, amigos da família se juntaram para prestar solidariedade. O esposo de Keila estava inconsolável e um dos filhos olhava a cena ainda sem acreditar. Eles não quiseram gravar entrevista.
O corpo de Keyla Rodrigues está sendo velado em Itabuna. O enterro está previsto para domingo (16), às 9h.
O motorista do caminhão e três homens que trabalhavam na hora do acidente foram ouvidos e liberados. Segundo a polícia, o motorista vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Um inquérito será instaurado para apurar se houve ou não negligência.
Informações do G1
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