Ilhéus - Mãe luta contra o descaso para dar tratamento adequado ao filho com doença grave
O Ilhéus em Pauta narra mais uma vez a historia onde o descaso, abandono e total desdém sobre a vida humana, principalmente partindo de pessoas que em teoria, deveriam zelar por elas, não importam os meios. Trata-se de Miriam Rios Passos, dona de casa, 28 anos e seu filho H.P.S agora com 11 anos, estudante, que sofre de Esferocitose, que é é um tipo de anemia de transmissão hereditária que se traduz pela presença de hemácias microcíticas (pequenas) e com alta concentração de hemoglobina (normocrômicas, porém concentradas), de forma esférica e sem palidez central. Clinicamente, os pacientes podem apresentar desde condições assintomáticas até quadros graves de anemia hemolítica.
Dizemos mais uma vez, porque ela já foi foco de uma matéria relacionada aqui no site (relembre aqui) e a batalha continua sendo árdua. “Sinceramente não aguento mais com tanta humilhação. Mas não vou perder as esperanças. Creio em um Deus vivo, e sei que essa fase vai passar. Ainda não entendi o porque das pessoas continuarem caladas e aceitando tudo que vem pela frente ou até mesmo aceitando as coisas não acontecerem.” – comentou.
Antes, a família via no HRLVF (Hospital Regional Luis Viana Filho) mesmo não sendo o mais adequado, um porto seguro, e nas palavras da mãe, teve que abrir mão de trabalhar para cuidar do filho integralmente desde o nascimento do seu bem mais precioso e sobrevive de um dispositivo fornecido pelo Governo Federal chamado de BPC (Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social, um tipo de ajuda mensal equivalente a um salário mínimo que o INSS proporciona a idosos com 65 anos ou mais, pessoas com deficiência e/ou incapacitadas para o trabalho no valor de um salário mínimo, que não dá pra suprir tudo, e eles continuam se virando como podem.
Mas com o fechamento da unidade, ela viu as coisas ficarem ainda mais complicadas para dar um tratamento mais adequado à seu filho, uma vez que equipamentos necessários aos exames de seu filho, nas palavras da mãe, estão quebrados e ela fica peregrinando de hospital em hospital para buscar atendimento.
Isso reflete diretamente no íntimo da criança, que segundo palavras da mãe, sofre com a agonia dos familiares em tentar ajudar. Estudioso, falta as aulas com muita frequência, fica muito tempo dentro seu quarto, com pouco contato com seus amigos, ou seja, todo tipo de infortúnio.
Desistir da vida de seu filho não é uma opção e nunca será. Para essa mãe, cada recusa ou obstáculo é um desafio a ser vencido, mas pela vida do filho, ela jamais desistirá. Ela ainda mora no mesmo lugar: Condomínio Sol e Mar, aptos populares do Governo Federal no extremo da zona sul da cidade, onde tudo, claro, é longe e complicado.
E a luta que ela trava por agora é achar um local que façam os exames de tomografia e endoscopia, e caso ela não consiga, tem que se deslocar para a cidade de Itabuna ou tentar um clinica particular. Ela reclama e com razão do descaso dos atendentes e corpo clinico que segundo ela, ficam “empurrando com a barriga” ou dando desculpas de todo gênero, isso quando, segundo ela, deixa a criança internada duas semanas, na esperança de conseguir fazer os exames e no seu final, não obtém sucesso. Segundo a mãe isso aconteceu Hospital de Ilhéus. Há uma esperança, mesmo que remota que o garoto consiga vaga no HRCC (Costa do Cacau), ainda não confirmada até o momento para que os exames de fato sejam feitos.
“Não vou me calar. A vida de meu filho está na berlinda. Alguém tem que me ajudar!!!” – indagou a mãe, em mais um desabafo.
O Ilhéus em Pauta não conseguiu estabelecer contato com o Hospital São José, para sabermos uma posição oficial sobre o equipamento em manutenção, nem com o Hospital Costa do Cacau, para se saber quando a vaga será aberta para a realização dos exames.
O poder publico, bem como seus representantes, tem espaço garantido no site, para as demandas e questionamentos, se for o caso.
Blog Ilhéus em Pauta
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