Empregados em seus gabinetes como assessores parlamentares sem nunca ter exercido a função. Foi uma das conclusões do relatório final da Polícia Federal na investigação dos crimes do ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA).
Par aa PF, eles cometeram o crime de peculato ao contratar empregados pessoais, entre eles motoristas e domésticas, como assessores e secretários parlamentares. O documento foi anexado ao inquérito sobre o caso que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
A relatoria é do ministro Alexandre de Moraes e a investigação foi aberta a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em um desdobramento da ação penal sobre os R$ 51 milhões “cash” encontrados no apartamento de Salvador emprestado aos Vieira Lima.
Gabinete assombrado
Em setembro, Raquel Dodge já havia expressado ao Supremo ter encontrado indícios, na investigação sobre o apartamento, de que os irmãos Vieira Lima lotavam em seus gabinetes funcionários fantasmas e que os dois se apropriavam dos salários de supostos assessores
O delegado Bruno Benassuly Maués Pereira, que recomendou a apresentação de denúncia, disse que “concorda integralmente com o convencimento já expressado” pela procuradora-geral da República”.
No relatório, que já está no STF, ele escreveu que “nas mais de 30 inquirições realizadas, confirmou-se que Lúcio Vieira Lima e família se utilizavam de indicações de secretários / assessores parlamentares para contratar pessoas para exercer funções de cunho pessoal”.
Gente sem contrato
Entre os exemplos, o delegado citou domésticos e motoristas que dirigiam para esposas e filhos dos dois. “Também se confirmou que muitos nomeados sequer têm contato com os deputados, sendo incapazes de demonstrar qualquer trabalho realizado”.
Também constam como investigados no processo outro irmão, Afrísio Vieira Lima Filho, e a matriarca da família, Marluce Vieira Lima. Alexandre de Moraes deu vista do processo à PGR para que volte a se manifestar. (Abr)
Do Rapazoi
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