A modelo Najila Trindade, modelo que acusa o jogador Neymar de estupro, não autorizou que o ginecologista André Malavasi revelasse os detalhes da consulta médica realizada depois que ela retornou da França, onde teria acontecido a violência sexual.
Ao se apresentar à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher nesta quarta-feira, o profissional confirmou que a modelo é sua paciente, que houve uma consulta, mas que não poderia revelar o conteúdo do encontro por causa do sigilo da relação entre médico e paciente. O sigilo foi respeitado pelos investigadores.
A posição, no entanto, causou estranhamento entre os responsáveis pela investigação, pois o depoimento do ginecologista poderia fortalecer a alegação de agressão e estupro defendida por Najila. Sem a autorização expressa da paciente, a fala do especialista trouxe pouca contribuição ao inquérito.
Os investigadores já haviam se surpreendido com o fato de Najila não ter citado o ginecologista em seu primeiro depoimento. Najila só tinha citado uma consulta com o médico Eduardo Campedelli, especialista em gastroenterologia, no dia 21 de maio. O documento cita lesões tipo hematomas e arranhaduras nos glúteos.
O advogado da Najila, Cosme Araújo, afirma que não teve participação na convocação do ginecologista. "Foi um acerto entre os dois (Najila e o médico)", disse o defensor da modelo à reportagem do Estado.
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